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O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA PSICANÁLISE



            No dia 6 de maio de 1856, nascia Sigismund Schlomo Freud o qual mais tarde ficou conhecido como Sigmund Freud por uma alteração feita por ele mesmo em seu nome. De família judia cujo pai era comerciante local, é sua mãe cuidava da casa é tinha Freud como  filho preferido assim relatam historiadores ligados há estudos sobre a vida do considerado pai da psicanálise.
            Já em 1873, aos 17 anos de idade, em que se mostra desde cedo genialidades no campo científico com a descoberta da estrutura gonadal das enguias e mais tarde apresenta estudos sobre o sistema nervoso em certos peixes marcando sua contribuição no campo da fisiologia. Freud então inicia sua formação médica em Viena, onde se destacou como aluno e estagiário brilhante, tendo publicações como em 1891 quando publicou um livro sobre Aphasia e em 1895 divulgou à comunidade científica seus estudos sobre as paralisias cerebrais infantis, sendo assim conceituado por muitos como pesquisador e neurologista.
            Freud, em seus esboços autobiográficos (1925), relata que começou sua carreira médica como neuroanatomista, muito competente, porém diante de suas necessidades de ganhar a vida e conseguir seus objetivos buscou a prática médica como neurologista tendo então que tratar de pacientes que hoje conhecemos como neuróticos e psicóticos.
            Quando Freud começou a clinicar não se tinha uma forma adequada de orientação racional a respeito dos processos psíquicos mentais, e como seria de esperar de um bom cientista ele utilizou os métodos de tratamento mais científicos que estavam à sua disposição. Por exemplo, para os sintomas histéricos ele empregou os tratamentos elétricos de Erb, no qual o trabalho no campo da eletrofisiológica é em grande parte válido até hoje.
            No entanto, as recomendações de Erb para o tratamento da histeria não eram bem fundamentadas. Poucas vezes se tinham resultados positivos, e como Freud relata que o tratamento de Erb para a histeria era inútil e que os resultados eram falsos, J. Breuer relata em carta a Freud sobre um método de base hipnótica que ele empregava a uma jovem paciente histérica que entrou na história e seu caso está relatado no livro ‘’Estudos da Histeria’’ o caso ficou conhecido com o nome de Ana O.
            Entusiasmado para conhecer o método hipnótico, Freud vai a Paris no período de setembro de 1885 a fevereiro de 1886, por meio de fundos de uma bolsa para estagiar e acompanhar de perto o carismático mestre Charcot que ministrava na famosa Salpetriére, Freud ficava bastante impressionado com a dissociação da mente através da hipnose e também até então pouco vista a manifestação da histeria em homens.
            À medida que Freud prosseguiu com os tratamentos da histeria através do método hipnótico de Charcot, ele foi se dando conta de que era um mau hipnotizador e que a hipnose não era algo fácil e simplificado de se induzir, os pacientes demonstravam diversas resistências durante o processo hipnótico, e que algumas de suas pacientes tornaram-se sexualmente apegadas a ele durante o tratamento pelo método hipnótico, o que a ele era muito desagradável.
            Freud procurou experimentar a possibilidade de que a “livre associação de idéias”, conseguida pelo hipnotismo, também pudesse ser obtida com as pacientes despertas. Assim, passou a orientar que seus pacientes deitassem no divã ao mesmo tempo em que, com insistentes estímulos (pressionando o dedo sobre a cabeça) obrigava-as a associarem “livremente” na tentativa de que suas pacientes recordassem o trauma vivido, mas estaria esquecido, devido a mecanismos inconscientes tais como a repressão.
           Mas graças a paciente Elisabeth Von R., a qual repreendeu Freud para que deixasse de forçá-la, assegurando-lhe que sem pressão associaria mais livremente e melhor, assim ficou convencido que as barreiras contra as recordações e as associações provinham de forças mais profundas ou seja as inconscientes, e que funcionavam como verdadeiras barreiras involuntárias.
            Freud começou a cogitar que essas resistências correspondiam a repressões daquilo que estava proibido de ser lembrado, não só dos traumas sexuais realmente acontecidos, mas também daqueles que foram fruto de fantasias reprimidas.
            Portanto, o conflito psíquico passa a ser concebido como algo resultante de um embate entre forças instintivas e repressoras, sendo que os sintomas se constituiriam como sendo a representação simbólica de um conflito inconsciente.
            Essa concepção inaugurou a psicanálise como uma nova ciência. Com referências teórico-técnicas próprias, específicas e consistentes, Freud ousou colocar os ‘’processos misteriosos’’ do psiquismo, suas ‘’regiões obscuras’’, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas científicos, e essa investigação sistemática desses problemas levou Freud á criação da Psicanálise.

Referencias:
Bock, Ana Mercês Bahia
Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia / Ana Mercês Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira. – 14 Edição – São Paulo: Saraiva, 2008.


Zimerman, David E.
    * Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica e clínica - uma abordagem didática / David E. Zimerman; - Porto Alegre: Artmed, 1999.,

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